Estava numa festa de aniversário e algumas adolescentes jogavam Banco Imobiliário. Eis que minha priminha de 7 anos chega e acontece o seguinte diálogo:
- Tia, eu quero jogar.
- Mas você não pode jogar...
- Por quê?
- Porque este jogo é para gente grande. Você ainda é pequena.
- Eu sei... Mas é que eu quero ir treinando desde já...
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
No vermelho
Propaganda no horário da novela: carro zero de 1843 concessionárias diferentes por uma bagatela de R$ 30 mil; fundos de investimentos bancários; viagem para Nova Iorque gastando pouco....
- Quando eu vejo televisão, acho que todo mundo é rico e só eu não tenho dinheiro. Eu sei que não é caro, que o que eles estão mostrando está barato, mas eu não tenho dinheiro.
- Dãhhhh... É só mudar pra Record. Lá só mostra pobre!
- Mas eu não sou traficante...
- Ahh... Daí é uma opção sua: ser pobre ou morrer pobre...
- Quando eu vejo televisão, acho que todo mundo é rico e só eu não tenho dinheiro. Eu sei que não é caro, que o que eles estão mostrando está barato, mas eu não tenho dinheiro.
- Dãhhhh... É só mudar pra Record. Lá só mostra pobre!
- Mas eu não sou traficante...
- Ahh... Daí é uma opção sua: ser pobre ou morrer pobre...
domingo, 23 de agosto de 2009
Ao prazer e à fé
Que Deus nos abençoe
E que todos os santos nos perdoem
Mas vou tirar a roupa
E pecar contra a castidade!
Que seja abençoado
O prazer da humanidade!
E que todos os santos nos perdoem
Mas vou tirar a roupa
E pecar contra a castidade!
Que seja abençoado
O prazer da humanidade!
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segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Last waltz
Coloquei Andre Rieu para tocar. Declarei o meu amor e o tirei para dançar. Ele se surpreendeu, mas não negou a minha dança.
Rodopiamos pela cozinha, meu salão particular.
Como é triste ouvir tão boa valsa e não ter com quem dançar!
Rodopiamos pela cozinha, meu salão particular.
Como é triste ouvir tão boa valsa e não ter com quem dançar!
sábado, 15 de agosto de 2009
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Só acontece com ela
Maria andava sozinha, no sentido amoroso da coisa. Aquele estava namorando, o outro era apenas o outro e o que ligava todos os dias - mesmo que fosse para dizer que não poderia ligar no horário de sempre - parou de ligar de repente.
Mas ela não estava mal por isso. Ainda tinha outras amigas solteiras, que não aderiram à febre do casamento, e conseguia se divertir nas noites de sábado.
Embora ligasse todo dia, o que ligava para dizer que não ia ligar não era bom de papo nem fazia o seu tipo. Se encontraram numa festa, uma única vez, e por seis meses ele continuava ligando. Era bonitão, mas definitivamente não era o seu tipo. Ele gostava de cavalos e ela de salto agulha.
Numa sexta, sozinha em casa, o telefone toca. Um número privado.
- Alô!
- É a Maria? – perguntou uma voz feminina.
- Sim?
- Maria, é o seguinte. Encontrei este telefone. Eu sou da agência da Caixa. Alguém deixou este telefone aqui...
- Aham...
- Você conhece este número?
- Está no privado!
- Ah sim... Você é o único contato que tem nele! Você conhece um Gildo? É o nome que está no visor. Fora você, não tem outro contato...
- Não, não conheço ninguém com este nome...
- Não conhece?
- Não...
- Mas só tem você aqui!
- Pois é... Mas não lembro de ninguém com este nome!
- Então ta bom, obrigada!
Ela desligou o telefone e riu muito. Nem sabia onde ele morava. Nunca mais o viu. E ele tinha um telefone só para falar com ela. “O sem vergonha devia ser casado!”, esbravejou, ainda rindo. Ou talvez fosse realmente tão bobo quanto ela pensava... “Pelo menos está explicado porque ele nunca mais me ligou!”.
E foi se arrumar para a festa. Bem no fim, ela não ia tão mal assim!
Tem coisas que só acontecem com a Maria!!!
Mas ela não estava mal por isso. Ainda tinha outras amigas solteiras, que não aderiram à febre do casamento, e conseguia se divertir nas noites de sábado.
Embora ligasse todo dia, o que ligava para dizer que não ia ligar não era bom de papo nem fazia o seu tipo. Se encontraram numa festa, uma única vez, e por seis meses ele continuava ligando. Era bonitão, mas definitivamente não era o seu tipo. Ele gostava de cavalos e ela de salto agulha.
Numa sexta, sozinha em casa, o telefone toca. Um número privado.
- Alô!
- É a Maria? – perguntou uma voz feminina.
- Sim?
- Maria, é o seguinte. Encontrei este telefone. Eu sou da agência da Caixa. Alguém deixou este telefone aqui...
- Aham...
- Você conhece este número?
- Está no privado!
- Ah sim... Você é o único contato que tem nele! Você conhece um Gildo? É o nome que está no visor. Fora você, não tem outro contato...
- Não, não conheço ninguém com este nome...
- Não conhece?
- Não...
- Mas só tem você aqui!
- Pois é... Mas não lembro de ninguém com este nome!
- Então ta bom, obrigada!
Ela desligou o telefone e riu muito. Nem sabia onde ele morava. Nunca mais o viu. E ele tinha um telefone só para falar com ela. “O sem vergonha devia ser casado!”, esbravejou, ainda rindo. Ou talvez fosse realmente tão bobo quanto ela pensava... “Pelo menos está explicado porque ele nunca mais me ligou!”.
E foi se arrumar para a festa. Bem no fim, ela não ia tão mal assim!
Tem coisas que só acontecem com a Maria!!!
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Dando (aula) para o padre
A escola era pequena, poucos alunos, todos se conheciam. Entre as professoras, havia sempre a brincadeira sobre a turma do padre.
- Hoje tenho que dar aula para o padre.
Disse a professora mais velha. Olhando para a mais nova, brincou:
- Não quer você, que é mais novinha, dar para o padre hoje?
A outra, consciente de sua situação, respondeu já se benzendo:
- Deus me livre! Já estou com saldo negativo no céu! Se eu der para o padre carimbo o visto direto para o inferno!
- Hoje tenho que dar aula para o padre.
Disse a professora mais velha. Olhando para a mais nova, brincou:
- Não quer você, que é mais novinha, dar para o padre hoje?
A outra, consciente de sua situação, respondeu já se benzendo:
- Deus me livre! Já estou com saldo negativo no céu! Se eu der para o padre carimbo o visto direto para o inferno!
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Borboletas de Zagorsk
Ontem assisti a este documentário, Borboletas de Zagorsk, produzido pela BBC em 1992. Não vou repetir o que muitos diriam sobre o assunto, sobre como temos tudo e ainda assim reclamamos. Isto é obvio demais.
Antes de prosseguir, coloco o questionamento que me levou a assisti-lo e gostaria que você pensasse sobre isso: Crianças surdas e cegas, que nasceram assim ou ficaram com tais deficiências devido a alguma doença podem se comunicar? Elas têm alguma possibilidade de se transformarem em adultos com capacidades intelectuais, sociais e físicas totalmente desenvolvidas?
Eu respondi que não e minhas orelhas de burro estão arrastando no chão até agora. É impressionante a 'não-limitação' humana para aprender e se adaptar. Mais do que isso, é incrível a capacidade do ser humano em acreditar e realizar o impossível.
O documentário mostra como os professores russos ensinam alunos com as deficiências que citei, associadas - em alguns casos - a retardos mentais. Estes professores acreditam que toda criança tem direito a educação e tem plenas possibilidades. Para a minha surpresa, a personagem principal do documentário perdeu a visão e audição com 9 anos de idade. Ela é filosofa, psicóloga, mãe e esposa. Escreve poemas com vocabulário muito mais vasto do que o meu.
Enfim, é um dos fatos mais impressionantes que vi. Ainda, minhas orelhas de burro não me deixam compreender como uma pessoa que nunca teve acesso a qualquer outro tipo de comunicação consegue dar sentido a pequenos movimentos de mão, fazendo com que cada um tenha um significado, tornando-a capaz de se comunicar plenamente.
Na minha ignorância, eu imaginava que estas pessoas eram condenadas a uma vida inativa. Que eram alimentadas e limpas diariamente, sem outros horizontes. Pobre de mim que não tenho a capacidade de acreditar no impossível!
Termino com uma frase citada no documentário, que é o lema dos professores deste instituto. Ela diz mais ou menos assim: Qualquer aluno pode aprender, basta encontrar o método certo.
Antes de prosseguir, coloco o questionamento que me levou a assisti-lo e gostaria que você pensasse sobre isso: Crianças surdas e cegas, que nasceram assim ou ficaram com tais deficiências devido a alguma doença podem se comunicar? Elas têm alguma possibilidade de se transformarem em adultos com capacidades intelectuais, sociais e físicas totalmente desenvolvidas?
Eu respondi que não e minhas orelhas de burro estão arrastando no chão até agora. É impressionante a 'não-limitação' humana para aprender e se adaptar. Mais do que isso, é incrível a capacidade do ser humano em acreditar e realizar o impossível.
O documentário mostra como os professores russos ensinam alunos com as deficiências que citei, associadas - em alguns casos - a retardos mentais. Estes professores acreditam que toda criança tem direito a educação e tem plenas possibilidades. Para a minha surpresa, a personagem principal do documentário perdeu a visão e audição com 9 anos de idade. Ela é filosofa, psicóloga, mãe e esposa. Escreve poemas com vocabulário muito mais vasto do que o meu.
Enfim, é um dos fatos mais impressionantes que vi. Ainda, minhas orelhas de burro não me deixam compreender como uma pessoa que nunca teve acesso a qualquer outro tipo de comunicação consegue dar sentido a pequenos movimentos de mão, fazendo com que cada um tenha um significado, tornando-a capaz de se comunicar plenamente.
Na minha ignorância, eu imaginava que estas pessoas eram condenadas a uma vida inativa. Que eram alimentadas e limpas diariamente, sem outros horizontes. Pobre de mim que não tenho a capacidade de acreditar no impossível!
Termino com uma frase citada no documentário, que é o lema dos professores deste instituto. Ela diz mais ou menos assim: Qualquer aluno pode aprender, basta encontrar o método certo.
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superação
sábado, 1 de agosto de 2009
Um beijo por um queijo
Um beijo por um queijo!
Quem comer não beija
E quem beijar não come!
Te roubei aquele beijo
E, triste constatação,
Não valeu a perda do queijo!
Quem comer não beija
E quem beijar não come!
Te roubei aquele beijo
E, triste constatação,
Não valeu a perda do queijo!
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