sexta-feira, 16 de abril de 2010

Chutando o acupunturista

A semana estava corrida, trabalhou muito. Foi à sessão de acupuntura de bicicleta porque com suas pernas cansadas não chegaria a tempo, nem queria gastar com taxi, muito menos enfrentar um ônibus. Sol das 13h50, tinha 10 minutos para chegar, duas grandes subidas pela frente.

O ‘cara’ não respondeu nem retornou. A chefe estava maldosa, os colegas de trabalho insuportáveis, os seios doloridos. Ela sabia que se o mundo parecia todo errado, era mais provável que o problema fosse com ela. Em dois dias o humor melhoraria pois a visita mensal estava para chegar.

Chegou suada. Deitou-se na maca, queria dormir. Pensou em ficar ali, escondida do mundo. Não lembrariam de procurá-la na acupuntura. Cada agulhada foi sentida como uma facada. O terapeuta falava sem parar. Contava histórias de gente que se curou de doenças incuráveis. O tal ponto do rim era sempre o mais dolorido. Era uma agulhada que ia do pé ao próprio órgão em todas as sessões. Todas as agulhas colocadas e o homem continuava falando.

Depois de 20 minutos com as agulhas, chegou a hora do aparelho de choque. Quem já fez acupuntura sabe como é. Um aparelhinho que tem uma corrente tão baixa que geralmente não é sentido. Entretanto, parece que nem sempre ele passa tão desapercebido. Ele foi de ponto em ponto dando a tal descarga elétrica. Quando chegou no ponto do rim, que já estava em 220W, o efeito foi tão forte que ela chutou-lhe no queixo, absolutamente descontrolada. E o descontrolada era no sentido literal, pois com o choque que o objeto causou, a perna simplesmente saiu da maca a toda velocidade, sem qualquer possibilidade de pensamento ou movimento de controle antes.

Pobre terapeuta...

Ainda deve estar com o queixo dolorido. Ela não teve coragem de ligar para ele. Talvez esteja roxo. Talvez com algum dente quebrado. Ele é corajoso. Marcou a sessão da semana seguinte. Talvez seja por vingança. Talvez ela não vá.

PS: Sim, é verdade. Sim, aconteceu comigo. Sim, foi sem querer. Não, na hora eu não ri. Sim, chorei de rir depois.

7 fizeram a Carol feliz...:

C@uros@ disse...

Olá minha cara Carol Lina, passei para uma visita e adorei seu blog, sensível e inteligente, espero poder voltar mais vezes.

paz e harmonia,

forte abraço

C@urosa

Carol disse...

Nossa!! Não da nem pra acreditar que essa historia seja verdade.. rsrs
Mas pensa pelo lado bom... depois de um dia terrivel vc riu de toda situação..

Beijos e um otimo fim de semana

Maris Morgenstern disse...

Nuss, eu já vou na acupuntura com uns oito tipos de medo e agora vc conta q ainda tem o choque.
o maluco q venha com o choque pra ver se não saio no chute tbém...

meus instantes e momentos disse...

...obrigado por aparecer em meu blog, e pelas tuas palavras nesse meu retorno
Que bom saber que gosta do que escrevo.
Gosto daqui tb, muito...
Maurizio

Michele S. Silva disse...

Pior é peidar de dor querida. Não, não aconteceu comigo (e se tivesse acontecido, é óbvio que eu não diria). Mas é foda essas coisas. Que vergonha Carol, que vergonha! rs

Paula de Assis Fernandes disse...

minha nossa!
nem sei o que comentar, Carol. mas, sim, eu estou rindo até!
rsrs

Daniel Savio disse...

Hua, kkk, ha, ha, o que importa não é ela ligar para saber dele e sim ele ligar para ela para saber quando volta...

Se ele fugir dela, ele tem medo dela...

Hua, kkk, ha, ha, momento sem noção ao dizer o obvio.

Fique com Deus, menina Carol Lina.
Um abraço.

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