A semana estava corrida, trabalhou muito. Foi à sessão de acupuntura de bicicleta porque com suas pernas cansadas não chegaria a tempo, nem queria gastar com taxi, muito menos enfrentar um ônibus. Sol das 13h50, tinha 10 minutos para chegar, duas grandes subidas pela frente.
O ‘cara’ não respondeu nem retornou. A chefe estava maldosa, os colegas de trabalho insuportáveis, os seios doloridos. Ela sabia que se o mundo parecia todo errado, era mais provável que o problema fosse com ela. Em dois dias o humor melhoraria pois a visita mensal estava para chegar.
Chegou suada. Deitou-se na maca, queria dormir. Pensou em ficar ali, escondida do mundo. Não lembrariam de procurá-la na acupuntura. Cada agulhada foi sentida como uma facada. O terapeuta falava sem parar. Contava histórias de gente que se curou de doenças incuráveis. O tal ponto do rim era sempre o mais dolorido. Era uma agulhada que ia do pé ao próprio órgão em todas as sessões. Todas as agulhas colocadas e o homem continuava falando.
Depois de 20 minutos com as agulhas, chegou a hora do aparelho de choque. Quem já fez acupuntura sabe como é. Um aparelhinho que tem uma corrente tão baixa que geralmente não é sentido. Entretanto, parece que nem sempre ele passa tão desapercebido. Ele foi de ponto em ponto dando a tal descarga elétrica. Quando chegou no ponto do rim, que já estava em 220W, o efeito foi tão forte que ela chutou-lhe no queixo, absolutamente descontrolada. E o descontrolada era no sentido literal, pois com o choque que o objeto causou, a perna simplesmente saiu da maca a toda velocidade, sem qualquer possibilidade de pensamento ou movimento de controle antes.
Pobre terapeuta...
Ainda deve estar com o queixo dolorido. Ela não teve coragem de ligar para ele. Talvez esteja roxo. Talvez com algum dente quebrado. Ele é corajoso. Marcou a sessão da semana seguinte. Talvez seja por vingança. Talvez ela não vá.
PS: Sim, é verdade. Sim, aconteceu comigo. Sim, foi sem querer. Não, na hora eu não ri. Sim, chorei de rir depois.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
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7 fizeram a Carol feliz...:
Olá minha cara Carol Lina, passei para uma visita e adorei seu blog, sensível e inteligente, espero poder voltar mais vezes.
paz e harmonia,
forte abraço
C@urosa
Nossa!! Não da nem pra acreditar que essa historia seja verdade.. rsrs
Mas pensa pelo lado bom... depois de um dia terrivel vc riu de toda situação..
Beijos e um otimo fim de semana
Nuss, eu já vou na acupuntura com uns oito tipos de medo e agora vc conta q ainda tem o choque.
o maluco q venha com o choque pra ver se não saio no chute tbém...
...obrigado por aparecer em meu blog, e pelas tuas palavras nesse meu retorno
Que bom saber que gosta do que escrevo.
Gosto daqui tb, muito...
Maurizio
Pior é peidar de dor querida. Não, não aconteceu comigo (e se tivesse acontecido, é óbvio que eu não diria). Mas é foda essas coisas. Que vergonha Carol, que vergonha! rs
minha nossa!
nem sei o que comentar, Carol. mas, sim, eu estou rindo até!
rsrs
Hua, kkk, ha, ha, o que importa não é ela ligar para saber dele e sim ele ligar para ela para saber quando volta...
Se ele fugir dela, ele tem medo dela...
Hua, kkk, ha, ha, momento sem noção ao dizer o obvio.
Fique com Deus, menina Carol Lina.
Um abraço.
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