Deve haver algo errado.
Eu não sou tão feia assim!
Alguém está de sacanagem comigo,
Amarraram as asas do cupido!
terça-feira, 30 de junho de 2009
domingo, 28 de junho de 2009
Papo cabeça
Confesso, era sábado à noite, chovia, msn vazio. Entrei num bate papo. Ainda não entendi porque acabei sozinha.
Kamikase (reservadamente) fala para Maria: Tc de onde anjo?
Maria (reservadamente) fala para Kamikase: Garanto que não é do céu...
Kamikase sai da sala.
24cm (reservadamente) fala para Maria: E ae gostoza, a fim de um papo quente?
Dark Side (reservadamente) fala para Maria: E aí, a fim de tc?
Maria (reservadamente) fala para Dark Side: Vim aqui para isso... rs
Dark Side sai da sala.
24cm sai da sala.
Fiel e simpático entra na sala.
Maria (reservadamente) fala para Fiel e simpático: Só falta ser bonito e inteligente...rs
Fiel e simpático sai da sala.
Dom Casmurro (reservadamente) fala para Maria: Boa noite, tudo bem?
Maria (reservadamente) fala para Dom Casmurro: Olá! Tudo bem e vc?
Dom Casmurro (reservadamente) fala para Maria: Mais milhor agora. Qtus anos gata?
Maria sai da sala.
Kamikase (reservadamente) fala para Maria: Tc de onde anjo?
Maria (reservadamente) fala para Kamikase: Garanto que não é do céu...
Kamikase sai da sala.
24cm (reservadamente) fala para Maria: E ae gostoza, a fim de um papo quente?
Dark Side (reservadamente) fala para Maria: E aí, a fim de tc?
Maria (reservadamente) fala para Dark Side: Vim aqui para isso... rs
Dark Side sai da sala.
24cm sai da sala.
Fiel e simpático entra na sala.
Maria (reservadamente) fala para Fiel e simpático: Só falta ser bonito e inteligente...rs
Fiel e simpático sai da sala.
Dom Casmurro (reservadamente) fala para Maria: Boa noite, tudo bem?
Maria (reservadamente) fala para Dom Casmurro: Olá! Tudo bem e vc?
Dom Casmurro (reservadamente) fala para Maria: Mais milhor agora. Qtus anos gata?
Maria sai da sala.
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Fofoquinhas inocentes
Sobre a amiga ausente
1- Ela é muito feia!
2- Coitada, ela tem problemas hormonais!
1- Hoje em dia isso tem tratamento, não é desculpa!
3- Ai gente! Ela é relaxada! A genética também não me favoreceu e nem por isso eu avacalho.
Dicas de sedução
1- Eu gosto de calcinha grande, de algodão, com estampa de sapinho. Não gosto de nada enfiado no rego.
2- Mas não é calcinha para usar, amiga! É calcinha para tirar!
3- Isso aí! Boa, menina! Você está ficando safadinha!
Fofocar é preciso
1- Precisamos fofocar mais, pelo menos uma vez por semana!
2- É verdade, eu estava com saudades...
3- É... Mas na próxima vez o assunto não pode ser sexo, porque eu não tenho para quem ligar depois da conversa!
1- Hahahahaha
2- Coitada de você!
Revelações
1- Gente, morro de medo de falar essas coisas porque outras janelas estão abertas. Imagina se eu erro e mando a mensagem para a pessoa errada?
2- Nossa! Hahaha... Já imaginou seu amigo lendo isso?
1- Como é que eu iria explicar?
3- O que eu perdi?
1- Ela é muito feia!
2- Coitada, ela tem problemas hormonais!
1- Hoje em dia isso tem tratamento, não é desculpa!
3- Ai gente! Ela é relaxada! A genética também não me favoreceu e nem por isso eu avacalho.
Dicas de sedução
1- Eu gosto de calcinha grande, de algodão, com estampa de sapinho. Não gosto de nada enfiado no rego.
2- Mas não é calcinha para usar, amiga! É calcinha para tirar!
3- Isso aí! Boa, menina! Você está ficando safadinha!
Fofocar é preciso
1- Precisamos fofocar mais, pelo menos uma vez por semana!
2- É verdade, eu estava com saudades...
3- É... Mas na próxima vez o assunto não pode ser sexo, porque eu não tenho para quem ligar depois da conversa!
1- Hahahahaha
2- Coitada de você!
Revelações
1- Gente, morro de medo de falar essas coisas porque outras janelas estão abertas. Imagina se eu erro e mando a mensagem para a pessoa errada?
2- Nossa! Hahaha... Já imaginou seu amigo lendo isso?
1- Como é que eu iria explicar?
3- O que eu perdi?
terça-feira, 23 de junho de 2009
Epitáfio II
Aqui jaz Carolina,
Que vivia enchendo o saco,
Não tendo mais o que fazer,
Veio encher este buraco.
Que vivia enchendo o saco,
Não tendo mais o que fazer,
Veio encher este buraco.
Nova
De repente esta frase me soou inédita: "E por falar em saudade, aonde anda você?". Assim, cheia de ritmo, tão sonora, tão nova para mim.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Todas as cartas de amor são ridículas – The gost writer
Há algum tempo, numa conversa com uma das Mulheres de Athenas (www.mulheresdeathenas.blogspot.com), recordei uma passagem pitoresca da minha vida. Quando tinha 14 ou 15 anos, fui ghost writer de cartas de amor. Eu sempre fiz o gênero romântica encalhada, então, para que as ideias não morressem sem leitores e, quiçá, algum suspiro, eu as vendia.
O preço, você deve estar curioso, às vezes era passagens de ônibus, já que usávamos a condução diariamente. Noutras, um agradinho na hora do lanche, às vezes um bombom, noutras um ioio nut cream (se você é da minha época sabe que estou falando daquele docinho metade chocolate branco, metade chocolate preto. Ele custava 15 centavos na banca do Maneco).
Teve uma vez que fui contratada para escrever uma declaração de amor, mas confundi tudo e terminei o namoro. Minha amiga, que não era das mais santas, pagou do mesmo jeito e encomendou outra, pois sabia que logo terminaria aquele namoro e usaria a obra prima do mesmo jeito. Daí escrevi a correta, dizendo o quanto amava tal rapaz...
E olha que naquela época não havia internet. Eram versos, rimas, textos e ideias próprias, talvez adaptadas de alguma música ou poema que passou pelas minhas mãos.
Meu primeiro trabalho como ghost writer foi um exercício sobre figuras de linguagem, na oitava série. Eu escrevi:
A panela no fogão,
Borbulhando sem parar
É como o meu coração
Que não deixa de te amar
Ele foi lido pela professora como o melhor da sala (o que indica que o nível do concurso não era dos mais altos!). Minha colega ganhou a fama e como vendi a obra, fiquei quietinha no meu canto. O que escrevi para mim, nem lembro mais, mas minha primeira obra vendida eu não esqueço.
Teve outra vez, que ajudei uma amiga a escrever uma carta terminando um namoro. E como se não bastasse, ainda tive que entregar a dita cuja. Coloquei-a nas mãos do pobre rejeitado e ia tomar meu rumo. Então, ele me segurou e pediu para ficar. Ele chorou e me perguntou porquê. Eu não sabia o que responder. Fiquei com a consciência tão pesada que ajudei a uni-los novamente. Hoje estão casados, para alívio da minha alma que iria direto para o inferno se não fosse assim.
Não tenho cópias destas cartas. Uma pena!
Nas minhas apostilas, certamente há vários rascunhos delas. Todos estes livros se perderam depois que eu passei no vestibular e os dei a quem ainda pudesse aproveitar. Quem sabe alguma das minhas cartas ainda circula por aí, mexendo com os corações de adolescentes apaixonados.
Embora eu não possa mais lê-las, de uma coisa eu tenho certeza: eram ridículas! Já disse o poeta, não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.
O preço, você deve estar curioso, às vezes era passagens de ônibus, já que usávamos a condução diariamente. Noutras, um agradinho na hora do lanche, às vezes um bombom, noutras um ioio nut cream (se você é da minha época sabe que estou falando daquele docinho metade chocolate branco, metade chocolate preto. Ele custava 15 centavos na banca do Maneco).
Teve uma vez que fui contratada para escrever uma declaração de amor, mas confundi tudo e terminei o namoro. Minha amiga, que não era das mais santas, pagou do mesmo jeito e encomendou outra, pois sabia que logo terminaria aquele namoro e usaria a obra prima do mesmo jeito. Daí escrevi a correta, dizendo o quanto amava tal rapaz...
E olha que naquela época não havia internet. Eram versos, rimas, textos e ideias próprias, talvez adaptadas de alguma música ou poema que passou pelas minhas mãos.
Meu primeiro trabalho como ghost writer foi um exercício sobre figuras de linguagem, na oitava série. Eu escrevi:
A panela no fogão,
Borbulhando sem parar
É como o meu coração
Que não deixa de te amar
Ele foi lido pela professora como o melhor da sala (o que indica que o nível do concurso não era dos mais altos!). Minha colega ganhou a fama e como vendi a obra, fiquei quietinha no meu canto. O que escrevi para mim, nem lembro mais, mas minha primeira obra vendida eu não esqueço.
Teve outra vez, que ajudei uma amiga a escrever uma carta terminando um namoro. E como se não bastasse, ainda tive que entregar a dita cuja. Coloquei-a nas mãos do pobre rejeitado e ia tomar meu rumo. Então, ele me segurou e pediu para ficar. Ele chorou e me perguntou porquê. Eu não sabia o que responder. Fiquei com a consciência tão pesada que ajudei a uni-los novamente. Hoje estão casados, para alívio da minha alma que iria direto para o inferno se não fosse assim.
Não tenho cópias destas cartas. Uma pena!
Nas minhas apostilas, certamente há vários rascunhos delas. Todos estes livros se perderam depois que eu passei no vestibular e os dei a quem ainda pudesse aproveitar. Quem sabe alguma das minhas cartas ainda circula por aí, mexendo com os corações de adolescentes apaixonados.
Embora eu não possa mais lê-las, de uma coisa eu tenho certeza: eram ridículas! Já disse o poeta, não seriam cartas de amor se não fossem ridículas.
sexta-feira, 5 de junho de 2009
Romantismo na vida real
Meu pai sempre diz que Romeu e Julieta foram felizes para sempre porque não casaram nem tiveram filhos. E aí eu penso, porque casar? Para ouvir isso depois de alguns anos?
Lembro de Adélia Prado, em entrevista ao programa Sempre um papo, da TV Câmara, edição que assisti ao vivo e em várias reprises, tão grande é o meu encantamento por essa autora. Ela contava a história de como a sua mãe ajudava o seu pai, quando ele chegava da pescaria com muitos quilos de peixe sujos para serem limpos. Ela enxergava no rosto de sua mãe uma alegria - que só era percebida pelos olhos mais sutis, quando via o marido chegando. Sem muita empolgação, sem beijos na chegada, lado a lado na pia, limpavam as escamas e a parte interna do pescado, tirando a ‘barrigada’. Para Adélia, aquilo não era romantismo, mas era amor. O que há de romântico em sujar a cozinha e sentir cheiro de peixe? – perguntava. Nada! – ela mesma respondia. Mas passar a madrugada conversando, ouvindo as histórias da pescaria, contando o que aconteceu no lar e se doando ao trabalho em conjunto, isso é amor.
Adélia me emociona por ser uma pessoa tão bonita!
O lado romântico da minha mãe resume-se a coar o café na hora em que meu pai chega do trabalho. Meu pai não manda flores, mas outro dia acordou nervoso porque sonhou que tinha perdido a ‘véia’. Sim, eles se chamam de ‘véio e véia’, pois minha mãe sempre achou cafona chamar de amor, de meu bem. Ela ri dos casais que fazem isso e eu fico imaginando o quanto os ‘casais meu bem’ riem quando se encontram com o ‘casal de véios’. Se meu pai está dormindo, a mãe assiste TV baixinho, respirando menos para escutar melhor. Se ela dorme, meu pai continua assistindo como se houvesse uma festa em casa. Mas se ela fica doente, fica junto no hospital, alerta a qualquer movimento e nem reclama da conta para pagar.
Agora eu entendo que o para sempre do meu pai quer dizer que não é o tempo todo de alegria, mas alguns momentos que fazem a união valer a pena.
Continuo sem querer casar, mas acho que já compreendo os motivos de quem quer...
Lembro de Adélia Prado, em entrevista ao programa Sempre um papo, da TV Câmara, edição que assisti ao vivo e em várias reprises, tão grande é o meu encantamento por essa autora. Ela contava a história de como a sua mãe ajudava o seu pai, quando ele chegava da pescaria com muitos quilos de peixe sujos para serem limpos. Ela enxergava no rosto de sua mãe uma alegria - que só era percebida pelos olhos mais sutis, quando via o marido chegando. Sem muita empolgação, sem beijos na chegada, lado a lado na pia, limpavam as escamas e a parte interna do pescado, tirando a ‘barrigada’. Para Adélia, aquilo não era romantismo, mas era amor. O que há de romântico em sujar a cozinha e sentir cheiro de peixe? – perguntava. Nada! – ela mesma respondia. Mas passar a madrugada conversando, ouvindo as histórias da pescaria, contando o que aconteceu no lar e se doando ao trabalho em conjunto, isso é amor.
Adélia me emociona por ser uma pessoa tão bonita!
O lado romântico da minha mãe resume-se a coar o café na hora em que meu pai chega do trabalho. Meu pai não manda flores, mas outro dia acordou nervoso porque sonhou que tinha perdido a ‘véia’. Sim, eles se chamam de ‘véio e véia’, pois minha mãe sempre achou cafona chamar de amor, de meu bem. Ela ri dos casais que fazem isso e eu fico imaginando o quanto os ‘casais meu bem’ riem quando se encontram com o ‘casal de véios’. Se meu pai está dormindo, a mãe assiste TV baixinho, respirando menos para escutar melhor. Se ela dorme, meu pai continua assistindo como se houvesse uma festa em casa. Mas se ela fica doente, fica junto no hospital, alerta a qualquer movimento e nem reclama da conta para pagar.
Agora eu entendo que o para sempre do meu pai quer dizer que não é o tempo todo de alegria, mas alguns momentos que fazem a união valer a pena.
Continuo sem querer casar, mas acho que já compreendo os motivos de quem quer...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Pequenas rimas
Meu confidente,
Confio-te, ardente,
Meu corpo, semente
A saudade dói,
Por aquilo que o tempo corrói
Saudade de verdade,
Só do amor e da maldade
Que às vezes me invadem
R,
Mas nunca espere
Que te perdoem
Amo seu panos e planos
Mais ainda, amo quando seu planos não incluem os panos
Despidos, então, nos amamos
Confio-te, ardente,
Meu corpo, semente
A saudade dói,
Por aquilo que o tempo corrói
Saudade de verdade,
Só do amor e da maldade
Que às vezes me invadem
R,
Mas nunca espere
Que te perdoem
Amo seu panos e planos
Mais ainda, amo quando seu planos não incluem os panos
Despidos, então, nos amamos
terça-feira, 2 de junho de 2009
Natural
Meu sentimento é como o ipê,
Passa meses verde, sem ser notado, banal...
De repente, fica nu, despe-se de tudo que o iguala
Mostra-se em suas entranhas,
Tão logo se acostumem com sua tristeza desfolhada,
Num belo dia abrirão a janela e o verão
Prepotente, suntuoso, extravagante
Roxo ou amarelo, ele se espalha e se faz presente
Deleita os olhos de quem vê
Passa meses verde, sem ser notado, banal...
De repente, fica nu, despe-se de tudo que o iguala
Mostra-se em suas entranhas,
Tão logo se acostumem com sua tristeza desfolhada,
Num belo dia abrirão a janela e o verão
Prepotente, suntuoso, extravagante
Roxo ou amarelo, ele se espalha e se faz presente
Deleita os olhos de quem vê
Epitáfio I
O coração de Carolina
Derreteu feito parafina,
Parou de fazer rima
E foi morar no andar de cima.
Derreteu feito parafina,
Parou de fazer rima
E foi morar no andar de cima.
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