Estamos amando demais e sentindo de menos. Uma frase
repetida incomoda, mas milhares de emoticons
tornam o dia mais feliz.
Depois que o facebook incluiu a opção de amar as postagens,
passamos a amar infinitamente, sem limites, sem preconceitos, sem pensar. Amamos a foto da melhor amiga, amamos os amores alheios, amamos a
citação que nem sabemos se é realmente de Exupéry, de Clarice Lispector ou de
Fernando Pessoa. Amamos tudo aquilo que nos parece bonito.
Em um mundo de relações tão passageiras, o amor está em todo
lugar e em lugar nenhum.
Se eu amo uma postagem qualquer, o que eu sinto pelas
pessoas que estão próximas de mim? Eu amo uma frase e daqui a meia hora não
lembro mais daquilo que fez meu coração bater mais forte. Este mundo de efemeridades
nos torna superficiais, sensíveis demais e cada vez menos profundos.
É fácil amar o mendigo no vídeo com milhares de
visualizações no you tube, difícil mesmo é oferecer-lhe coraçõezinhos
cor-de-rosa quando ele passa malcheiroso por nós no caminho da boutique.
1 fizeram a Carol feliz...:
Boa noite, querida Carol!
Que texto mafgnífico e verdadeiro!
Assim é a real situação do nosso coração seletivo...
Bjm muito fraterno
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