
Só sei dizer que meu mundo hoje está um tanto lésbico, pois vejo pererecas em todo lugar. Qualquer mancha no chão vira uma criatura assustadora.
Eu gritei, tremi e só não chorei para não perder o controle. Perdi a voz. Fiquei sem saber o que fazer. Então lembrei de outra vez que uma apareceu por aqui e meu pai (Graças a Deus!) estava por perto. Tentou pegá-la com as mãos e não conseguiu. Então, calmamente achou um vidro velho de maionese, colocou em cima dela, passou um papel por baixo e levou a bichinha para longe.
A possibilidade de pegá-la com as mãos nem passou pela minha mente. Arrepio só de pensar nisso. Então encontrei o potinho transparente que guardava o sabão na pia da cozinha. Se minha vida fosse um filme, seria uma daquelas cenas de chorar de rir, de comentar mais tarde com os amigos.
Eu tentava colocar o pote em cima dela, mas é lógico que ela não se rendia. Ela pulava, eu pulava e gritava. Uma hora quase encostou em mim, já pensou? Eu morreria ali mesmo! A gosma verde pulava desesperada e eu mais desesperada ainda. Achei que meu coração ia sair saltitando junto com ela. Quando vi que o pote não estava dando certo, tentei jogar um tapete na bichinha. Mas é lógico que a mira não ajuda quando estamos tremendo. Até que enfim consegui prender a feiosa debaixo do pote. Então peguei o rodo e com toda a minha força, como se fosse pererecamente possível ela levantar o pote, fui empurrando a sem vergonha porta afora. Faltando uns dois metros para terminar o percurso, a preguiçosa cansou. Acho que machuquei a sua perna, deve ter ficado manca, pois parou de pular.
A gosmentinha deixou o chão úmido por onde passou e meu estômago embrulhado pelo resto do dia. Peguei um pano velho, muito desinfetante e fui refazendo nossa rota. Depois exorcizei o pote e o pano, coloquei numa sacola e joguei fora. Agora há pouco uma mosca apareceu de repente ao meu lado. Me assustei como se fosse um dragão. Aquela perereca é abusada. Imagine o trabalho que teve para subir a parede e entrar pela janela? Acho que essa não volta mais, estamos as duas muito assustadas. Mas, ainda assim, mudei meus conceitos, descobri que preciso casar. É indispensável ter um caçador de pererecas em casa na segunda-feira cedo. Talvez eu precise passar por um tratamento pós-traumático. Talvez alguém me peça em casamento e eu aceite. Ele vai pensar que é por causa dos seus dotes, que recebem outro nome do mundo animal, mas nós saberemos que o problema mesmo é a perereca.

8 fizeram a Carol feliz...:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkk, não se preocupe com o trauma Carolina. Nada que 10 anos de terapia não cure.
Bjux
kkkkkk ilario!
Saudades desse template, meu primeiro blog era assim, saudades =).
bjaum
Menina, a minha mãe também tem pavor de sapos e a fins, fato, ela fica nervosona...
Fique com Deus, menina Carolina Filipaki.
Um abraço.
Carol, vc é uma figura!!!
Ahhhhhhhhhhhhhhh
tenho verdadeiro pavor de pererecas, sapos e rãs!
Só de pensar nesta criatrura se chegando até a mim...ploft!!
mas... isso é uma verdade: " É indispensável ter um caçador de pererecas em casa na segunda-feira cedo." Não só cedo, como a noite tb....66'
BeijO*-*
http://evesimplesassim.blogspot.com/
kkkk! ameiiiii
odeio pererecas tbem... meu conceito de casamento mudou também desde que vi uma no banheiro de casa.. pensei a mesma coisa que voce^...kkkkk
Adoooorroooo vco
kkkk! ameiiiii
odeio pererecas tbem... meu conceito de casamento mudou também desde que vi uma no banheiro de casa.. pensei a mesma coisa que voce^...kkkkk
Adoooorroooo vco
Sim,'nos casamos mesmo pra q tenha alguém pra dar um trato na perereca na segunda de manhã.
Carol, eu quase morri de rir,
li tres vezes, chamei minha mãe, e li interpretando vc.
Obrigada.
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