Pedi a Santo Antonio um grande amor, mas ele deve estar mesmo atribulado.
Não sei se é porque está de ponta-cabeça e amarrado,
Mas ouve as orações com pressa e entende tudo errado.
Ou será que de santo não tem nada?
Deu-me amor inesgotável, que nem cabe em meu coração.
Só esqueceu, este santo atrapalhado, de me mandar o homem a ser amado.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
terça-feira, 9 de novembro de 2010
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Uma perereca sobrando...
Acordei cedo e fui escovar os dentes. Tudo calmamente até eu perceber que havia uma perereca no banheiro e (Barbaridade!) não era a minha! Não se faz isso com uma mulher numa segunda-feira de manhã. I freaked out. Não há palavras em português para descrever. Para quem gritar às 6h da manhã?
Só sei dizer que meu mundo hoje está um tanto lésbico, pois vejo pererecas em todo lugar. Qualquer mancha no chão vira uma criatura assustadora.
Eu gritei, tremi e só não chorei para não perder o controle. Perdi a voz. Fiquei sem saber o que fazer. Então lembrei de outra vez que uma apareceu por aqui e meu pai (Graças a Deus!) estava por perto. Tentou pegá-la com as mãos e não conseguiu. Então, calmamente achou um vidro velho de maionese, colocou em cima dela, passou um papel por baixo e levou a bichinha para longe.
A possibilidade de pegá-la com as mãos nem passou pela minha mente. Arrepio só de pensar nisso. Então encontrei o potinho transparente que guardava o sabão na pia da cozinha. Se minha vida fosse um filme, seria uma daquelas cenas de chorar de rir, de comentar mais tarde com os amigos.
Eu tentava colocar o pote em cima dela, mas é lógico que ela não se rendia. Ela pulava, eu pulava e gritava. Uma hora quase encostou em mim, já pensou? Eu morreria ali mesmo! A gosma verde pulava desesperada e eu mais desesperada ainda. Achei que meu coração ia sair saltitando junto com ela. Quando vi que o pote não estava dando certo, tentei jogar um tapete na bichinha. Mas é lógico que a mira não ajuda quando estamos tremendo.
Até que enfim consegui prender a feiosa debaixo do pote. Então peguei o rodo e com toda a minha força, como se fosse pererecamente possível ela levantar o pote, fui empurrando a sem vergonha porta afora. Faltando uns dois metros para terminar o percurso, a preguiçosa cansou. Acho que machuquei a sua perna, deve ter ficado manca, pois parou de pular.
A gosmentinha deixou o chão úmido por onde passou e meu estômago embrulhado pelo resto do dia. Peguei um pano velho, muito desinfetante e fui refazendo nossa rota. Depois exorcizei o pote e o pano, coloquei numa sacola e joguei fora. Agora há pouco uma mosca apareceu de repente ao meu lado. Me assustei como se fosse um dragão.
Aquela perereca é abusada. Imagine o trabalho que teve para subir a parede e entrar pela janela? Acho que essa não volta mais, estamos as duas muito assustadas. Mas, ainda assim, mudei meus conceitos, descobri que preciso casar. É indispensável ter um caçador de pererecas em casa na segunda-feira cedo. Talvez eu precise passar por um tratamento pós-traumático. Talvez alguém me peça em casamento e eu aceite. Ele vai pensar que é por causa dos seus dotes, que recebem outro nome do mundo animal, mas nós saberemos que o problema mesmo é a perereca.
Só sei dizer que meu mundo hoje está um tanto lésbico, pois vejo pererecas em todo lugar. Qualquer mancha no chão vira uma criatura assustadora.
Eu gritei, tremi e só não chorei para não perder o controle. Perdi a voz. Fiquei sem saber o que fazer. Então lembrei de outra vez que uma apareceu por aqui e meu pai (Graças a Deus!) estava por perto. Tentou pegá-la com as mãos e não conseguiu. Então, calmamente achou um vidro velho de maionese, colocou em cima dela, passou um papel por baixo e levou a bichinha para longe.
A possibilidade de pegá-la com as mãos nem passou pela minha mente. Arrepio só de pensar nisso. Então encontrei o potinho transparente que guardava o sabão na pia da cozinha. Se minha vida fosse um filme, seria uma daquelas cenas de chorar de rir, de comentar mais tarde com os amigos.
Eu tentava colocar o pote em cima dela, mas é lógico que ela não se rendia. Ela pulava, eu pulava e gritava. Uma hora quase encostou em mim, já pensou? Eu morreria ali mesmo! A gosma verde pulava desesperada e eu mais desesperada ainda. Achei que meu coração ia sair saltitando junto com ela. Quando vi que o pote não estava dando certo, tentei jogar um tapete na bichinha. Mas é lógico que a mira não ajuda quando estamos tremendo.
Até que enfim consegui prender a feiosa debaixo do pote. Então peguei o rodo e com toda a minha força, como se fosse pererecamente possível ela levantar o pote, fui empurrando a sem vergonha porta afora. Faltando uns dois metros para terminar o percurso, a preguiçosa cansou. Acho que machuquei a sua perna, deve ter ficado manca, pois parou de pular.
A gosmentinha deixou o chão úmido por onde passou e meu estômago embrulhado pelo resto do dia. Peguei um pano velho, muito desinfetante e fui refazendo nossa rota. Depois exorcizei o pote e o pano, coloquei numa sacola e joguei fora. Agora há pouco uma mosca apareceu de repente ao meu lado. Me assustei como se fosse um dragão.
Aquela perereca é abusada. Imagine o trabalho que teve para subir a parede e entrar pela janela? Acho que essa não volta mais, estamos as duas muito assustadas. Mas, ainda assim, mudei meus conceitos, descobri que preciso casar. É indispensável ter um caçador de pererecas em casa na segunda-feira cedo. Talvez eu precise passar por um tratamento pós-traumático. Talvez alguém me peça em casamento e eu aceite. Ele vai pensar que é por causa dos seus dotes, que recebem outro nome do mundo animal, mas nós saberemos que o problema mesmo é a perereca.
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